Quantcast
Channel: Blog de Cinema » Ethan Coen
Viewing all articles
Browse latest Browse all 10

TRILHA SONORA – Ouvir a de INSIDE LLEWYN DAVIS é tão bom quanto ver o filme

$
0
0

Existem filmes que não funcionariam sem uma trilha Sonora adequada. Inside Llewyn Davis é um desses filmes que ao ouvirmos as canções da trilha sonora é como se estivéssemos vendo novamente o próprio filme

Trilha Sonora Original de INSIDE LLEWYN DAVIS, produzida por T Bone Burnett, Joel e Ethan Coen

Trilha Sonora Original de INSIDE LLEWYN DAVIS, produzida por T Bone Burnett, Joel e Ethan Coen

Filme que narra a vida de um fracassado cantor de folk, começa mostrando uma apresentação do protagonista personificado de maneira esplendorosa por Oscar Isaac interpretando Hang Me, Oh Hang Me, música com arranjos do produtor T Bone Burnett que abre o filme em grande estilo. Com tomadas de câmera que privilegiam as sombras, a imagem ressalta aquilo que está sendo cantado, uma letra um tanto quanto mórbida, mas que serve perfeitamente para apresentar o fracassado Llewyn Davis.

Ouçam:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Seria difícil escolher a melhor música deste álbum, no entanto Fare Thee Well (Dink’s Song) seria uma forte candidata. Clássico da música folk, já foi interpretada por músicos como Pete Seeger, Fred Neil, Bob Dylan e Dave Van Ronk, mais recentemente por Jeff Buckley. A canção conta a história de uma mulher abandonada por seu amante quando ela mais precisa dele. A referência bíblica a Noé, o tom de despedida, o clima nublado (no filme ressaltado pela excelente fotografia, indicada ao oscar 2014), tudo casa de uma forma perfeita com o que está sendo mostrado em tela. Segue canção:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

The Last Thing on My Mind, de Tom Paxton, dá continuidade a triste trama romântica do filme. Com versão melancólica de Stark Sands com Punch Brothers e uma pegada country, com utilização de gaitas de foles. Mais uma vez, ouvir a canção é como se o filme fosse ganhando forme em nossa mente, pois as cenas retornam claramente, devido o excelente uso da canção na trama.

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Vejam a versão original interpretada por Tom Paxton:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Um dos momentos aonde a emoção vem à tona, é quando Justin Timberlake, Carey Mulligan (que já tinha aparecido cantando em (Shame, Reino Unido, 2011) de Steve McQueen) e Stark Sands cantam Five Hundred Miles” de Hedy West. A canção demonstra o quão longe podemos estar, mesmo quando estamos perto. Segue:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Segue versão original Five Hundred Miles” de Hedy West:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Uma música aparentemente boba, Please Mr. Kennedy, é muito bem utilizada, num dos momentos mais cômicos do filme. Tanto que de tão ruim, a música acaba sendo uma daquelas que não sai da sua mente, e se torna plenamente audível, inclusive em looping. Méritos para Ed Rush, George Cromarty, T Bone Burnett, Justin Timberlake, Joel Coen e Ethan Coen envolvidos nesta versão. Oscar Isaac, Justin Timberlake e especialmente Adam Driver dão um show! Confiram e deem boas risadas:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

A balada Green, Green Rocky Road,  escrita por Len Chandler e Robert Kaufman) e aqui interpretada por Oscar Isaac combina muito com o trecho road movie do longa, sendo mais uma trilha marcante. Vejam/Ouçam:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Veja a cena em que essa trilha é tocada/cantada:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Outro momento onde o filme conseguiu arrancar minhas lágrimas foi na interpretação da balada The Death of Queen Jane, com arranjos de Oscar Isaac e T Bone Burnett. A música em si contém um roteiro de um provável excelente filme que poderia ser produzido, onde a rainha Jane morre ao dar a luz, após um árduo trabalho de parto. Ouçam essa linda canção:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

The Roving Gambler é uma das grandes músicas do folk. Na versão de John Cohen com Down Hill Strugglers vemos a história do jogador itinerante apaixonado. Segue versão tocada no filme:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Nos mares tempestuosos e os vendavais que vivem apenas para ganhar o seu pão de cada dia – trecho da canção The Shoals of Herring, de Ewan MacColl numa linda versão cantada pelo Oscar Isaac com Punch Brothers. A canção foi baseada na vida de Sam Larner, um pescador e cantor tradicional de Winterton, Norfolk, Inglaterra. Confiram:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Se você quiser, também pode ouvir na versão original cantada pelo próprio Ewan MacColl e ver uma linda edição de imagens, que foi ao ar em 16 de agosto de 1960 pelo canal BBC:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

The Auld Triangle, de Brendan Behan também faz parte da trilha, numa versão cantada por Chris Thile, Chris Eldridge, Marcus Mumford, Justin Timberlake e Gabe Witcher numa excelente mistura de vozes. A música já foi usada para introduzir uma peça que conta uma história sobre as ocorrências em uma prisão no dia em que um condenado estava previsto para ser executado. Por isso a tristeza e o tom de lamúria da canção. Confiram:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.


Segue também a versão original de The Auld Triangle, de Brendan Behan desta canção que ganhou uma espécie de vida própria e foi além da sua identidade, tornando-se um hino irlandês moderno.

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

The Storms Are on the Ocean, de A.P. Carter na voz de Nancy Blake também faz parte desta espetacular trilha, que nada mais é do que a Balada de um Homem Comum, numa das raras vezes que um subtítulo nacional consegue ser tão bom quanto o título original, que felizmente foi mantido aqui no Brasil. Segue:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.



Segue também a versão original de The Storms Are on the Ocean, gravada em Agosto de 1927 pela família Carter, um dos ícones da música country americana:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Na trilha, ouvimos novamente, Fare Thee Well” (Dink’s Song), antes de ouvirmos Farewell, de Bob Dylan, num clima de adeus na voz daquele que é ao lado de Dave Van Ronk os dois cantores que inspiraram os irmãos Coen a narrarem uma semana da vida de Llewyn Davis. Confiram:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Para encerrar com chave de ouro essa fantástica trilha sonora original, ouvimos novamente Green, Green Rocky Roa, de Len Chandler e Robert Kaufman na voz de Dave Van Ronk. Os créditos do filme sobem, sendo que músicas jamais sairão da mente daqueles que viram o filme:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Você pode adquirir essa excelente trilha original clicando aqui.

 

O post TRILHA SONORA – Ouvir a de INSIDE LLEWYN DAVIS é tão bom quanto ver o filme apareceu primeiro em Blog de Cinema.


Viewing all articles
Browse latest Browse all 10

Latest Images

Trending Articles





Latest Images